E chega um direct de uma seguidora jornalista que questionava uma parte que eu falava sobre o UNAGUI, a Enguia de água doce. Lá eu falava que a enguia depois de aberta é assada no carvão, depois cozida no vapor, mergulhada no Tarê de Kabayaki e depois o método Teriyaki.
E ela começou a dizer: “Olha, a informação que você postou está errada. Deveria pesquisar melhor antes de falar besteira. Já estive no Japão e acompanhei o preparo do Unagui e em momento algum é cozido a vapor!”
Então respondi:
“Muito obrigado pelo contato e para melhor compreender o seu comentário, gostaria de saber onde você provou o Unagui lá no Japão.”
Ela: “Em Kobe. Por um acaso você está duvidando de mim?”
Eu: “De forma alguma. Sou um fã de Unagui e provei em várias províncias do Japão. Da região de Kyushu até Kansai, que inclui a cidade de Kobe, o Unagui é aberto pela barriga e assada depois de limpa, o que confere uma carne mais firme.
Já em Kantô e menciono no post, que inclui Tokyo, abre a enguia pelas costas, para que a gordura da barriga não se perca. E também como é um prato festivo, não é bom ser associado ao HARA KIRI, onde samurais desonrados fincavam a faca no abdômen.” Assa primeiro e depois cozido no vapor, o que deixa a carne mais macia e suculenta.
Respondi super de boa e fui bloqueado.
Então aqui vai uma pequena dica do Tio Adegão. Pratos típicos como Oniguiri, Sukiyaki, Yakisoba, Sushis, são uma infinidade de tipos, de preparo, de ingredientes diferentes. E um prato com o mesmo ingrediente, pode mudar de acordo com a região.
Então seria bom evitar generalizar e dizer “lá no Japão” e destacar “em Hiroshima, comi tal coisa.” Quer saber uma situação inversa? Vocês vão dar risada. Lá no Japão conheci um rapaz que passou as férias no Rio e disse:
“Lá no Brasil, os brasileiros comem Pizza com Catchup.”
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