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  • Foto do escritorAlexandre Tatsuya Iida

Os números do Arroz


Já ouviram ou alguns já podem ter presenciado, os nossos avós japoneses que comem até o último grão de arroz, mesmo aqueles grudados no Chawan? Ou o netinho sentado no seu colo comendo o Gohan desajeitado e os grãos caindo na mesa e vai lá a vovó catando tudo e comendo?


Pois é. Antigamente, tempos em que não existia a tecnologia agrícola, para plantar arroz precisava no mínimo 88 tarefas para o cultivo, entre funções mais simples como inundar a terra e o preparo do solo. Se bem que mesmo nos dias de hoje, muita coisa não mudou.


O Arroz, assim como outros cereais, tem apenas 1 safra por ano, começando o plantio nas estufas em fevereiro, março no solo definitivo e colhido em setembro. E em anos em que o clima não contribui, o Japão chegou a racionar o seu principal alimento. Pior é no período Edo que a população que sua maioria era formada de camponeses, fardos de arroz correspondiam como imposto pago anualmente.


E até hoje, existe um controle rigoroso sobre o arroz e deve ser tributado com rigor. Esse é um dos motivos que a gente não pode beber sake tirado do tanque, pois ao subtrair não tem como calcular o imposto e a Sakagura pode ser multada.


E já pensou o quanto de arroz é necessário para encher um Chawan de Gohan ou 2 Oniguiris? São cerca de 40 plantas de arroz, cada uma com 80 grãos para chegar a média de 3200.


Então, por essas e outras que o arroz é levado tão a sério, tratado com carinho e os japoneses não desperdiçam o arroz. E para que eles não esqueça disso, a estrutura do kanji de KOMÊ 米 é a formada pelos números HACHI 八 (Oito), JÚ 十 (Dez) e HACHI 八 (Oito). Quando junta tudo fica 八十八 que é “88”. E dia 18 de Agosto é o Dia do Arroz no Japão.

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