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Foto do escritorAlexandre Tatsuya Iida

Não use termos do Sushi


No passado, no facebook, eu fazia o ME FERRANDO & APRENDENDO e contava os perrengues que eu passava. Vem comigo e veja pelo que passei.


Sabia que no Japão, é bom evitar no balcão de sushi, o uso dos termos do cotidiano dos cozinheiros, como exemplo AGARI, SHARI, NETÁ, etc? Não é regra, mas explico o que eu passei.


Uma vez no balcão em Nagoya, pedi o chá falando AGARI e elogiei o “SHARI” ao cozinheiro. Até aí super de boa, nenhum problema mesmo. Só que conforme ele servia os sushis, não mencionava os peixes. Na época, não sabia distinguir (alguns até hoje) os peixes pela fatia.


Não é maldade, pelo contrário. Eles acreditam que podem constranger o cliente-colega-do-ramo com informações óbvias. Seria o mesmo que: Senhor, esse aqui é o pão, esse comprido e vermelho se chama salsicha.” que comparação idiota.


Eu sempre achei o contrário para dar um ar não de soberba, mas de que me interesso pelo mundo do Sushi, mas a coisa vai para uma outra dimensão cultural que eu não imaginava.


Numa outra ocasião, ao ser perguntado se queria beber sake, falei que: “Eu entendo de Sake” com apenas 1 ano de carreira. A atendente, sem maldade alguma, ficou lá esperando eu escolher, pois se sugerir algo, poderia arranhar a minha reputação.


E o pior é quando você revela que na verdade não sabe muita coisa. O mundo deles desaba. Pelo erro de interpretação, pela falta de empatia deles e o principal, causar o constrangimento ao cliente e não param de pedir desculpas. Pelo menos 5 vezes.


Sei que isso deve ser uma coisa isolada, mas na dúvida e quando perguntado hoje em dia, eu falo que estou estudando sakes. É bom e mostro humildade.

No balcão de sushis peço OCHÁ (chá) e digo SUSHI MESHI ao invés de Shari.


Não estou dizendo para fazer isso ou aquilo. Não julguem ninguém, tá bom.

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