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Foto do escritorAlexandre Tatsuya Iida

Nattô e a Sakagura


Nós que estudamos e trabalhamos com Sakes, somos obrigados a saber que, quando entra em uma Sakagura (Fábrica de Sake ou Shochu), não pode ter comido NATTÔ, a Soja Fermentada.


Principalmente na Sala de Maltação (KOJIMURÔ) é um ambiente com temperatura e umidade controlada, onde o delicado KOJI-KIN faz a sua tarefa de quebrar as moléculas de amido em açúcar.


O NATTÔ-KIN é uma bactéria selvagem e agressivo, suporta temperaturas de 100ºC e consegue sobreviver mesmo com pouca umidade. Traduzindo, aquela baba que puxa da Soja Fermentada, se grudar um fiozinho sequer na roupa ou na barba, você levará um condomínio de bactérias.


O resultado do desastre? A bactéria do Nattô que ama o calor e apaixonado pelo Arroz, se pular para o vasto tapete de arroz cozido, deixará os grãos melados e toda a produção do Arroz Maltado é perdido.


Quando fui para Saitama e visitei um Sakagura e o prédio ao lado era a produção se Shoyu, o produtor me perguntou: "Gostaria de ver mais alguma coisa aqui no Sake? Porque uma vez que a gente entra na área de produção de Shoyu, não podemos mais voltar."


Quando conduzi o Circuito do Sake, também todo o grupo de brasileiros, foi instruído a não comer o Nattô antes da entrada em um Sakagura. E se comesse, pedia para lavar o rosto e trocar de roupa.


E fique entre nós, não sou fã de Nattô ihihihihih

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