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  • Foto do escritorAlexandre Tatsuya Iida

Matchá & Azuki


“Adegão, você nunca fala sobre doces. Não se esqueça dos maravilhosos doces japoneses.” Tá bom, tá bom.


Quando falamos em doces japoneses a primeira coisa que vem na minha cabeça é o ANKO 餡子 que é o AZUKI 小豆 e a tradução dele é “Pequeno Grão”. O problema é que quando começou a popularizar o doce por aqui, o Azuki foi traduzido como Feijão. Então muitos brasileiros que provaram o ANKO se deliciaram até ouvir que é feito de feijão e pararam de comer. É de dar risada, né? Ainda bem que hoje já não tem muita resistência.


Daí o ANKO é usado em muito doces, como OHAGUI, DAIFUKU, MANJU, DORAYAKI, AKAFUKU, isso sem falar nas texturas TSUBUAN que preserva o formato do grão macio e o KOSHIAN que já é uma pasta doce. Ainda tem o Azuki branco que fica branco, tadãããã!!


E esse grãos são preparados em uma panela com água, bastante açúcar e muita força no braço, pois não pode parar de mexer nunca, para não queimar. E com a temperatura ambiente-do-magma com bolhas estourando e queimando o nosso braço, o ANKO fica pronto.


O ANKO é muito doce o que deve ser usado com moderação. E para rebater a massa de Azuki, vem o super amargo MATCHÁ, o pó de chá TENCHÁ 碾茶 que não é o simples chá verde. Em outro post falo sobre ele.


Digamos para harmonizar o doce e o amargo, a cidade de Kyoto, terra dos chás UJI servia a bebida junto com os doces no SADÔ 茶道, a “Cerimônia do Chá”.


Hoje a gente vê aqui no Brasil, os doces de Chá Verde como bolos, sorvete e doces ocidentais. E sempre acompanhado de Azuki, seja em massa ou em grãos cozidos com açúcar cristalizados, como manda a tradição.


Então o casamento entre Matchá e Anko é uma harmonização perfeita que vem de uma tradição secular do Kyoto antigo.

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