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  • Foto do escritorAlexandre Tatsuya Iida

Mastigue bem


Desde pequeno fui gordo. Um pouco menos, um pouco mais nos meus 47 anos de idade. Só numa pequena fase da adolescência era bem magro, abdômen bem definido, no auge dos treinos intensos de Kendô. Hoje minha barriga continua bem definida no Pólo Norte e Pólo Sul.


E lembro que minha mãe sempre falava assim: “Come devagar e mastigue bem, senão vai engordar.”


Perguntei a ela o motivo: “Quando a gente mastiga devagar e por mais vezes, o cérebro entende que você já comeu o suficiente e não sente mais fome.”


Mãe sabe das coisas. E também tem um outro importante sentido de mastigar bem. Para quem fez o Curso SAKE EXPERT comigo aprendeu o processo de Sacarificação que consiste em polvilhar o fungo Aspergillus oryzae em cima do arroz polido e cozido à vapor, fazendo com o fungo quebre as moléculas de amido em açúcares.


E sabe que parte do nosso organismo faz exatamente isso? Na nossa boca e no pâncreas. Na saliva contém a enzima α-amilase que quebra as ligações da amilose em Maltose e Glicose, e a Amilopectina em Dextrina. E lá “embaixo” tem a β-amilase que vai quebrar a Maltose em Glicose.


Para entender melhor, na boca, estão os grandes equipamentos que vão demolir um prédio em pedaços grandes e pequenos. E tudo isso vai até o Pâncreas que estão com o time de pedreiros com as marretas que vão transformar tudo em pó.


Acontece que, quem come rápido e sem mastigar direito, as enzimas da saliva vão dizer: “Opa, vai com deus!” e vai forçar o povo do Pâncreas que vão precisar trabalhar pra cacete e vão ficar putos.


E depende da combinação de alimentos ricos em açúcar, embutidos ou álcool, é um pulo para a Diabete.


Então mastigue bem e devagar, coma verde e beba água.


E no Japão, dizem assim: “Ou beba sake ou coma arroz.”

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