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  • Foto do escritorAlexandre Tatsuya Iida

Kasutera


Quando os europeus chegaram ao Japão, os nativos não o chamavam os visitantes pela nacionalidade e sim de NANBAN 南蛮, comerciantes de Portugal, Espanha e o Sul da Ásia. E entre muitos acordos comerciais e religiosos, os portugueses levaram técnicas da cozinha ocidental tanto salgados como doces.


E nos doces, estava um Pão de Ló, o primeiro doce ocidental que os japoneses experimentaram e ganhou o nome de NANBAN GASHI (Doce Sulino). Ao investigar a receita, seguiram o passo a passo do BOLO DE CASTELLA, da região de Leon e Castella, sul da Espanha. Embora já existisse o açúcar importado da China como medicamento no Período Nara, no Período Muromachi, o açúcar era um artigo de luxo e Wagashis como Manju e Yôkan eram oferecidos à nobreza e aos samurais, justamente quando chegou o Bolo de Castella.


Por isso, a iguaria era tratada como oferenda budista e logo ganharam status de Wagashi ou Doce Tradicional Japonês. Tanto que o bolo ibérico tem o nome em Kanji 加須底羅.


A sua forma de apreciar não é só como bolo comum em temperatura ambiente, mas gelado ou quente dando uma leve fritada com manteiga.


Só que meu amigos, no Período Edo, não é identificado a região, mas o bolo era tratado como o TAMAGOYAKI de hoje, já que vai bastante ovo na guloseima. HHAHHAHAHAHAH


Bolo de Castella no Shoyu, com Wasabi, com nabo ralado (foto 3) e até no Osuimono, a sopa de dashi. Na época, já que o açúcar era raro, o bolo não era tão doce, o que dava o mesmo sabor do omelete adocicado japonês.


E não é que fiz um teste. Peguei uma fatia do bolo e pinguei 3 gotinhas de Shoyu japonês. Cara, que impressionante. Um caramelo começa a se pronunciar fortemente e o umami duplica. Muito legal!!


Quem gosta desse bolo?

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