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  • Foto do escritorAlexandre Tatsuya Iida

Kaizoku Ryouri, de Piratas


Ontem fui no TASTE OF SÃO PAULO e prestigiar a apresentação da Chef e Embaixadora da Boa Vontade da Gastronomia Japonesa @telmashiraishi na área da FIRE PIT sob a curadoria de @luizamericofcamargo e a coordenação da Chef @ligiaka, que falou sobre uma curiosa culinária típica de Tokushima na ilha de Shikoku, o KAIZOKU RYOURI 海賊料理 ou “Comida de Piratas” (foto 2)


No passado, acreditava-se que existiam Piratas na cidade de Anan que desempenharam um papel importante para nas conquistas de Hideyoshi Toyotomi, Senhor feudal do período Sengoku.


Por volta de 1960, um pescador e guia turístico da chamado GORÔ HAMABE na cidade litorânea de Kaiyô, criou um banquete para servir aos turistas no final da visita, que deu nome de ZANKOKU RYOURI 残酷料理 ou “Prato Cruel”. Era um jantar onde o guia pegava os frutos do mar colhidos no dia e assava na grelha no fogo de chão. Muitos adoraram o prato, mas o nome PRATO CRUEL não pegou bem e mudou para KAIHIN RYOURI ou “Comida à Beira-mar” que ficou melhor.


De um dia para o outro o prato se tornou tão popular, mas Gorô pensava: “Comida à beira-mar pode ser feita em qualquer praia e logo será copiada." Então um dia, um dos clientes disse a ele: “Nossa, muito bom! Vi num filme e parece o jeito que os Piratas comem.” e novamente mudou o nome para KAIZOKU RYOURI a Comida de Pirata e assim o prato se espalhou por todo o Japão.


O jeito original é assar vivo, mas nos dias de hoje servem o mais fresco possível.


Os principais frutos do mar servido no KAIZOKU RYOURI são:


Lagosta, Camarão, Ostra, Abalone, Vieira, Caracol-marinho


Daí assa vivo ou bem fresco na grelha, sem tempero algum. Depois come num pratinho com Ponzu.


Quando fui para Tokushima numa vila de pescadores, provei não só o KAIZOKU RYOURI sem o uso do prato. Tinha só um canivete e comia na concha mesmo, E falando em concha, o pescador pegou a carcaça do Caracol-marinho (foto 3) vazio, despeja um sake básico e deixa aquecer na grelha. Então imagine o drama. Salgado do mar, o ponzu ficou e o sake quente.

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