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  • Foto do escritorAlexandre Tatsuya Iida

Do sem graça ao cobiçado


O Atum se tornou do peixe sem graça ao cobiçado por muitos anos, mas muitos anos mesmo. Entende-se que restos de ossos de peixes e golfinhos foram encontrados em sambaquis no litoral da província de Aomori, na região de Tôhoku.


E dos pescados, havia ossos de Tubarão, Bonito e Atum. Isso mesmo. O povo Joumon que leva o nome do período entre 14.000 a 300 a.C. comia o atum.


Com que frequência? Deve ser pouco. Primeiro que o atum é grande. Mesmo que usassem os poucos barcos grandes de pesca para capturar o boi do mar, e ainda conseguir trazer rapidamente para o porto, não tinha cestos e ânforas que servissem de aquário.


Era inevitável que precisasse porcionar logo o peixe e vender a qualquer preço, já que ele deteriora rapidão. E nem para secar por inteiro servia por causa do seu peso, tamanho e ainda por cima, ele fica tão duro, nem a ponto de fazer raspas para temperos como o Katsuo, seu primo.


A única forma de conserva era a salga, mas por falta de interesse, até chegar o período Edo (1603 -1868) o atum era considerado um peixe popular sem valor nenhum.


O que virou o jogo foi graças ao Shôyu. Pegava a peça vermelha e magra do atum e deixava marinando no molho de soja. Então começa a conquistar o gosto do povo de Edo (antes de chamar Tokyo), mas não o Torô. As pessoas tinham nojo, pela cor, pela proximidade das vísceras e a peça da barriga era até chamada de NEKO MATAGUI 猫またぎ ou “(Até quem mais gosta de peixe), o Gato passa por cima”.


Com a chegada da tecnologia de refrigeração na década de 1960, funcionários da cozinha pegavam a parte gorda que não dava para fazer o ZUKÊ e comiam no almoço. Isso caiu no gosto do público e hoje é esse inferno de caro para comer.


O Atum além de ser chamado de MAGURO para Sushis e Sashimis, quando vai para as lata é o TSUNA (de TUNA) e SHICHIKIN ( de Sea Chicken) quando o atum é enlatado e conservado em óleo vegetal.


Essa é a história do atum no Japão.

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