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  • Foto do escritorAlexandre Tatsuya Iida

Cultura vs. Técnica


Desde agosto do ano passado, diariamente solto posts sobre a gastronomia japonesa. E hoje consigo observar um ponto bastante curioso e que dá para compreender. O fato lembra o começo dos treinos de Kendô.


No início de uma carreira a gente fica eufórico querendo aprender tudo. No meu caso, queria os melhores equipamentos, as melhores espadas de Kendô, aprender golpes alucinantes que meus adversários nem soubessem porque perderam a luta.


E vejo que muitos posts onde falo de técnicas, ingredientes e preparos, a audiência é muito boa. Agora quando falo de cultura e rituais, a coisa é bem fraca.


Assim como o nosso mestre de Kendô falava sobre formação de caráter, concentração, o caminho da espada, é uma sonolência que dava raiva.


Só que com o tempo, de aprendiz passei a instrutor, você percebe que golpes ou técnicas quando bem praticadas, qualquer pessoa consegue um dia. Já a formação intelectual, espiritual e cultural será preciso compreender e depois praticar.


Sabe aquele prato de Sashimi que você monta e depois vem o mestre e faz a mesma coisa. E percebe que é diferente, mas não se sabe como. Ou um mesmo prato e seguindo a receita, não fica igual.


Assim como numa luta de arte marcial, muitas vezes um mestre derrota o oponente sem o uso de armas.


Tudo isso é a base do KI 気, o “Sentimento” necessário para aperfeiçoar o racional, as técnicas e golpes. Precisa do KI para polir o talento, a sensibilidade, a arte. Uma boa câmera tira excelentes imagens, mas não significa que tenha profundidade e encanto.


A comida e a arte marcial são a mesma coisa. E sabe o que será mais curioso neste post? Vou ver um por um quem curtiu.


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