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  • Foto do escritorAlexandre Tatsuya Iida

Arroz não é só comida


Em muitas aulas de Sakes que dou, acabo falando também sobre a culinária japonesa, principalmente o arroz. E o Arroz tem um peso, um simbolismo para muitas coisas.


Por exemplo, para quem sabe avaliar um bom restaurante japonês, primeiro prova um gole do missoshiru e depois uma pequena porção de gohan. Entende-se que se a casa não sabe fazer um Gohan e um Missoshiru, não se pode esperar muita coisa de outros pratos, dizem os grandes críticos de gastronomia.


O Arroz também servia como imposto no passado japonês chamado de NENGUMAI 年貢米 . Anualmente os camponeses recolhiam parte da produção e entregavam para o palácio imperial. Pagavam os vassalos com arroz e a sobra era vendida para o comércio e assim arrecadava o dinheiro para pagar as despesas.


E por causa desse imposto que foi estendido também para a produção de Sake, quando visitamos uma Sakagura, não é permitido subtrair a bebida direto do tanque para a degustação, pois “não foi pago o imposto”. Óbvio que existe uma pequena margem de tolerância para que produtores possam fazer a prova de produção.


Então quando provo sakes nas Sakaguras no Japão, o produtor abre uma garrafa de cada para a degustação.


Por isso que a fabricação caseira de bebida alcoólica no Japão é proibida até hoje, por que o governo não consegue coletar imposto. A única coisa que se pode fazer em casa são os licores como o Umeshu, já que apenas somam ingredientes e não mudam a composição da bebida alcoólica.


Além do Japão, uma tradição bastante conhecida no ocidente que nasceu na China e na Índia, de desejar fertilidade, harmonia e prosperidade aos casados jogando arroz.


Para ver que o arroz não é só um alimento.


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